Lula anuncia Wellington Dias como ministro do Desenvolvimento Social, lembrando o apreço que tem pelo PiauĂ­

O presidente eleito anunciou Wellington como o melhor Ă­ndio de seu ministĂ©rio e lembrou que tem grande apreço pelo PiauĂ­, onde lançou o Fome Zero em 2003 e tambĂ©m onde obteve a maior votação entre todos os Estados do Brasil

Por Portal O Piauí em 22/12/2022 às 11:38:57
Lula chamou Wellington Dias, citando ele como o melhor índio do seu ministério, ao que Wellington correspondeu com mão no peito e sorriso

Lula chamou Wellington Dias, citando ele como o melhor índio do seu ministério, ao que Wellington correspondeu com mão no peito e sorriso

O presidente eleito do Brasil, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, anunciou nesta quinta-feira, 22, que o ex-governador do PiauĂ­ e senador eleito, Wellington Dias, serĂĄ o ministro de Desenvolvimento Social. Ao chamar o nome de Wellington, Lula frisou que ele é o melhor Ă­ndio do seu governo e lembrou a primeira viagem que fez no seu primeiro governo, em 2003, ao municĂ­pio de Guaribas, PI, que abrigou o projeto-piloto do Fome Zero de combate à fome.

Ao lado de Wellington Dias, Lula lembrou que hĂĄ duas coisas importantes que criam ligações bem próximas do PiauĂ­ com o seu novo governo: o lançamento do programa Fome Zero no municĂ­pio de Guaribas, no seu primeiro governo em 2003, e a maior votação que o PiauĂ­ lhe deu nas eleições deste ano entre todos os Estados do Brasil.

Antes de anunciar o nome de Wellington, Lula disse que é o primeiro presidente do Brasil que começou a trabalhar muito antes de tomar posse, isso para garantir recursos para o AuxĂ­lio Brasil de R$ 600, FarmĂĄcia Popular e outras ações sociais. Isso, segundo ele, pela irresponsabilidade do atual presidente que não adotou as medidas no sentido de colocar os recursos no Orçamento de 2023.

Lula disse que ainda estão faltando 13 ministros e que na segunda ou terça-feira pretende terminar de anunciar todos os ministérios. Depois disso, segundo ele, terĂĄ muita coisa para acontecer em cada ministério levando em conta os outros partidos que trabalharam juntos na campanha eleitoral.

"Nós temos consciĂȘncia das dificuldades que vamos enfrentar. Vamos aumentar os ministérios, mas não vamos aumentar os cargos. Tem que ser comparada a 2010 quando eu era presidente da repĂșblica", falou Lula. "Ainda faltam 13 ministros. Portanto, quem estava na expectativa, não perca a expectativa".

Lula falou que não haverĂĄ tempo para descanso nos próximos quatro anos. "Vou trabalhar mais que nos outros governos. Quando acabar o meu mandato quero mostrar que fomos eficientes em trabalhar pelos mais pobres, pelo povo trabalhador, pelo povo mais necessitado. Se cada brasileiro tiver tomando café, almoçando, jantando todos os dias, e tenha o trabalho para que possam viver, eu serei o homem mais feliz do planeta terra", acrescentou.

Com a posse de Wellington Dias no ministério, quem vai assumir a cadeira no Senado, como primeira suplente, é Jussara Lima, esposa do deputado Federal do PiauĂ­, JĂșlio César Lima.

OS 16 NOMES ANUNCIADOS NESTA QUINTA, 22

  • Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias (procurador da Fazenda Nacional);
  • Controladoria-Geral da União (CGU): VinĂ­cius Marques de Carvalho (Advogado e professor de direito comercial da USP. Ex-presidente do Cade);
  • Ministério da CiĂȘncia, Tecnologia e Inovação: Luciana Santos (presidente do PCdoB);
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes (cantora);
  • Ministério do Desenvolvimento, IndĂșstria, Comércio e Serviços: Geraldo Ackmin (vice-presidente eleito);
  • Ministério do Desenvolvimento Social, AssistĂȘncia, FamĂ­lia e Combate à Fome: Wellington Dias (ex-governador do PiauĂ­);
  • Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania: SĂ­lvio Luiz Almeida (Professor da Universidade de Columbia (EUA) e Fundação Getulio Vargas)
  • Ministério da Educação - Camilo Santana (ex-governador do CearĂĄ);
  • Ministério da Gestão e Inovação em Serviços PĂșblicos: Ester Dweck (Professora Associada do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Ministério da Igualdade Racial: Anielle Franco (professora);
  • Ministério das Mulheres: Cida Gonçalves (ex-secretĂĄria Nacional da ViolĂȘncia contra a Mulher);
  • Ministério de Portos e Aeroportos: MĂĄrcio França (ex-governador de São Paulo);
  • Ministério da SaĂșde: NĂ­sia Trindade (presidente da Fiocruz);
  • Ministério do Trabalho e Emprego: Luiz Marinho (ex-prefeito de São Bernardo-SP);
  • Secretaria-Geral: MĂĄrcio Macedo (deputado federal PT-SE);
  • Secretaria de Relações Institucionais: Alexandre Padilha (deputado federal PT-SP)

HISTÓRIA DE WELLINGTON DIAS: DE VEREADOR A DEPUTADO ESTADUAL, DEPUTADO FEDERAL E GOVERNADOR, DEPOIS SENADOR, GOVERNADOR E AGORA MININISTRO DO LULA

Às vésperas das eleições de 2002, Wellington Dias era deputado federal e foi anunciado pelo "PT como candidato ao Senado, mas uma articulação comandada pelo diretório nacional do partido o fez candidato ao Governo do Estado no lugar de Robert John que havia vencido as prévias do partido.

Iniciou a campanha com baixos Ă­ndices nas pesquisas de intenção de voto, porém, com o decorrer da campanha, sua performance melhorava à medida que seu nome firmava-se como alternativa à sucessão estadual, principalmente graças ao apoio de lideranças do PMDB, a exemplo do ex-governador Mão Santa.

Eleito em primeiro turno para o cargo de governador do PiauĂ­ pela coligação A Vitória que o Povo Quer, derrotou o então governador Hugo Napoleão que disputava a reeleição. Em 2005, como governador do PiauĂ­, foi admitido pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.

José Wellington Barroso de AraĂșjo Dias é filho do caminhoneiro Joaquim Antônio Neto e da professora Teresinha AraĂșjo Dias. Nasceu na cidade de Oeiras, PiauĂ­, em 5 de março de 1962 e foi criado em Paes Landim, no Vale do Fidalgo.

É casado com Rejane Ribeiro Sousa Dias e tem trĂȘs filhos: Iasmin, VinĂ­cius e Daniely. Estudou Letras na Universidade Federal do PiauĂ­ (1982). Cursou PolĂ­ticas PĂșblicas e Governo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) e especializações no exterior.

BancĂĄrio e escritor, Wellington trabalhou no Banco do Nordeste do Brasil, Banco do Estado do PiauĂ­ e Caixa Econômica Federal, da qual é funcionĂĄrio licenciado de carreira. Trabalhou na RĂĄdio Difusora de Teresina.

Filiou-se ao PT em 1985 e iniciou suas atividades sindicais como integrante da CUT - Central Única dos Trabalhadores, e presidente da APCEF - Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal, entre 1986 e 1989. Foi presidente do Sindicato dos BancĂĄrios do Estado do PiauĂ­, entre 1989 a 1992.

Também atuou na literatura. É contista e autor do livro Macambira, premiado em 1980 e publicado em 1995. Teve vĂĄrios outros contos premiados: Maria Valei-me (1984) - que recebeu menção honrosa pelo "Concurso de Contos João Pinheiro", da Secretaria de Cultura do PiauĂ­. Escreveu as peças Reisados da Minha Terra e Estamos Todos Inocentes. Foi incluĂ­do nas coletâneas O Conto na Literatura Piauiense (1981) e Novos Contos Piauienses (1984). Lançou o livro As Tiradas de Tio Sinhô, em junho de 2007.

Wellington Dias Iniciou na vida pĂșblica em 1992, como vereador de Teresina. Em 1994, elegeu-se deputado estadual, chegando à presidĂȘncia do diretório regional do PT, onde ficou de 1995 a 1997. Em 1998, foi o primeiro deputado federal eleito pelo PT no PiauĂ­. Renunciou ao mandato de deputado federal em 29 de novembro de 2002.

No mesmo ano, Wellington Dias foi eleito em primeiro turno para o cargo de governador do PiauĂ­ pela coligação A Vitória que o Povo Quer, tendo Osmar Ribeiro de Almeida JĂșnior como o vice-governador, O governador Wellington Dias - PT - foi reeleito no dia 1Âș de outubro de 2006. Deixou o cargo em março de 2010, para disputar as eleições ao Senado Federal, sendo eleito com votação histórica (997.513 votos). No ano de 2014, foi eleito mais uma vez, em primeiro turno, governador do Estado. Em 2018 concorreu a reeleição, tendo sido eleito para o quarto mandato como governador do PiauĂ­.

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