João Cláudio Moreno, Patrícia Mellodi e Clara Mello, pai, mãe e filha. Três grandes artistas juntos no mesmo palco. Será hoje (02), no Palácio da Música, em Teresina, com sessões às 19h (ingressos esgotados) e uma sessão extra às 20h30.
João Cláudio Moreno, natural de Piripiri, tem mais de 30 anos de carreira como humorista e cantor. Ele iniciou com imitações de políticas e outras figuras do cotidiano piauiense. Foi comediante junto com Chico Anísio, em programa na Rede Globo, onde teve uma performance maravilhosa imitando Caetano Veloso. É um dos maiores nomes do mundo na divulgação da obra de Luís Gonzaga, o Rei do Baião.
A Patrícia Mellodi é uma grande estrela da música brasileira. Tem lindas canções. Cantora e compositora, já ganhou vários prêmios com sucessos em rádios nacionais e tem canções que enriqueceram trilhas de novelas da Globo.
Já Clara Mello, filha de João Cláudio Moreno e Patrícia, é um grande talento como escritora, poeta e roteirista. Ela vai subir no palco para cantar, dançar e contar piadas. Será um show imperdível. Espetáculo para ficar na memória a vida toda. Para saber mais sobre isso, a coluna Maria da Inglaterra fez uma entrevista com Patrícia, Clara e João Cláudio Moreno. Confira.
Patrícia Mellodi: cantora e compositora
O que este show representa para você tanto no pessoal, quanto profissionalmente?
Para mim, pessoalmente, é um resgate da minha história. O início. Onde tudo começou, a origem da família. A origem da família que é minha, do meu núcleo, que é onde nasceu minha filha. Primeiro esse resgate familiar. E quando a gente faz esse resgate familiar, a gente se lembra das nossas forças, das nossas fragilidades. A gente se lembra o que nos constitui. E para mim foi muito bom ver o que me constitui. É um misto de fé, de coragem, de resistência, de loucura também, de criatividade e honestidade.
Então, esses são os pilares da minha formação como pessoa. E é muito bom poder voltar atrás e ver quem são meus avós, meus pais. Poder chegar até a minha filha, que é o que nasceu de mim e de tudo isso. É muito lindo! Fora perceber de onde é que a gente é.
Pessoalmente, eu também me vejo resgatando a minha cidade, a minha origem piauiense. É muito bom perceber que tá no meu sotaque, no meu jeito carinhoso e hereditário. O meu afeto, o meu carinho, a minha maneira amorosa com as pessoas. Tem muito a ver com o lugar de onde eu vim. Isso é minha parte pessoal.
Profissionalmente, é um resgate da minha música. É um espetáculo que gera possibilidades de pessoas conhecerem a minha música. João tem um público muito grande. É muito respeitado. É muito interessante vê-lo abrindo as portas do universo dele para que as pessoas venham conhecer minha música.
O que o público pode esperar da sua apresentação?
O público pode esperar um espetáculo sincero. Para mim, isso é a base de todo o meu trabalho. Sinceridade humanidade, amor, fragilidades, lutas. Talvez eles possam esperar as mesmas coisas que me constituem: coragem, amor, fé, enfim, loucura e honestidade. É o que a gente vai mostrar nesse palco. Tudo com muita verdade sempre.
E, também, nesse show houve um pensamento de ver quais eram as músicas do meu trabalho que atingiriam mais o coração do Piauí. Que representariam mais esse tripé de música, humor e poesia. O que da minha música que caberia melhor aqui para mostrar nesse espetáculo? Então, eu mostrarei, profissionalmente, os meus sucessos, mostrarei a minha pluralidade. Também mostro a minha poesia piauiense, a minha capacidade de fazer música com a Clara, enfim, é isso.
Clara Mello: escritora, roteirista e astróloga
Você dividir o palco com dois grandes artistas, ainda que seus pais, só mostra o quão grande artista você também tornou-se. Este show é uma realização profissional?
Com certeza, porque escrever um roteiro para dois grandes artistas que costumam fazer os seus próprios textos é bastante desafiador. Sendo da própria história e com os pais, mais ainda. Exige emoção, mas também distanciamento. Estar no palco é uma ousadia e uma presença simbólica e, também, uma superação pessoal, porque eu tenho fobia de falar em público. Isso que é amor pelas artes! (risos)
O que você reserva para o público?
Eu acho que a melhor definição é emoção. É um espetáculo que mistura música, poesia e humor e que tem como elo a história da minha família, mas como tema a hereditariedade como um todo, a ancestralidade de todos nós. Tem muita poesia, música, humor, claro; mas, principalmente, o sentimento de pertencimento que me emociona tanto e eu espero que emocione todo mundo que vai assistir.
João Cláudio Moreno: Humorista
Como esse show foi pensado?
A ideia foi da Clara. Ela sempre se refere, quando pode, e em todas as circunstâncias a essa questão. Ela escreveu um roteiro enaltecendo a arte e a vida que nos une.
Quais mensagens Hereditário pretende passar?
Há na vida, um critério máximo: nascemos com uma vida, um dom e uma programação cármica. A programação cármica são as pessoas e fatos que aparecem durante nossa vida, justamente para nos fazer evoluir e aprender a amar, que é a única finalidade da existência.