Na oportunidade foi entregue um documento com 11 propostas, entre elas aumento da divulgação da campanha de violĂȘncia contra mulher nos programas policiais da TV aberta, por terem bastante audiĂȘncia. O documento cita que muitas mulheres não possuem internet e a divulgação na TV ampliaria o conhecimento sobre seus direitos.

A governadora explica que essa rede de enfrentamento à violĂȘncia contra mulher é um diĂĄlogo permanente entre diversos órgãos que visam estabelecer medidas que reduzam o feminicídio e a agressão contra mulheres.

"Tem uma rede de combate à violĂȘncia contra a mulher para vermos uma avaliação sobre a incidĂȘncia do feminicídio no estado do Piauí, que é muito grande, um dos estados que mais acontece feminicídio, estĂĄ sempre entre os trĂȘs primeiros e que medidas podemos ter para amenizar isso", explica.

De acordo com Regina, os diĂĄlogos apontam diversos problemas passíveis de correção, como a adoção de medidas como a criação de mais delegacias da mulher e a inclusão de policiais civis no atendimento em municípios onde não hĂĄ delegacias especializadas.

"Então elas apresentaram algumas coisas que podem acontecer, fazer os inquéritos andar mais rĂĄpido, termos delegacia da mulher, aí nós temos o problema de não termos muitas mulheres nos concursos, são poucas mulheres prestando concurso porque até então era uma profissão muito masculina, mas a gente estĂĄ tentando resolver, estamos vendo policiais civis que podem assumir o atendimento em cidades onde não tĂȘm delegacias, porque as delegacias precisam ser instaladas com delegadas, que a gente faz questão que seja mulheres. Não que não possam ser homens, mas para isso precisam ser formados, onde também vamos trabalhar essa questão da formação de homens para trabalhar nas delegacias", ressalta.

Também foi debatida sobre a instalação de mais delegacias de mulheres no Piauí e reforma das jĂĄ existentes, com contração de mais profissionais de assistentes sociais e psicólogas, além de maior envolvimento dos CRAs e CREAs com as delegacias especializadas. "Temos hoje 12 delegacias especializadas no Piauí, sendo quatro em Teresina e oito no interior. Precisamos chegar em mais cidades", afirma Zenaide Lustosa, coordenadora da CEPM.

Ainda entre as propostas, o documento pede uma maior divulgação do Botão do Pânico e também um reforço na Patrulha Maria da Penha passe a atender novas denúncias e não somente medidas protetivas.

O secretĂĄrio Rubens Pereira afirmou que jĂĄ estĂĄ sendo realizada licitação para a reforma das delegacias das mulheres, bem como aquisição de viaturas e equipamentos para atender melhor. Ele informou ainda que onde não for possível instalar uma delegacia especializada, a Secretaria de Segurança vai montar núcleo de atendimento específico às mulheres. "Sempre que possível, como policiais femininos, para esse primeiro atendimento à mulher", comentou.

Outro ponto debatido pela rede foi o retorno das vítimas de violĂȘncia para a casa onde sofreram agressão, o que pode reincidir a violĂȘncia. "Moradias para as mulheres que são vítimas de violĂȘncia e vão para casa abrigo e depois acabam voltando para a mesma casa então o que a gente tem que pensar esse lado como políticas que possam amenizar o sofrimento das mulheres que são vítimas de violĂȘncia", concluiu a governadora.