Pandemia de covid-19 está "longe de terminar", diz o porta-voz da OMS

Cresce a preocupação com a incidência de novos casos na Europa

Por Portal O Piauí em 18/03/2022 às 14:02:45
Foto: Reuters/Denis Balibouse

Foto: Reuters/Denis Balibouse

A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, disse hoje (18) que o fim da pandemia de covid-19 está muito distante, citando aumento dos casos nos últimos dados semanais.

Anteriormente, a agência de saúde da ONU afirmou que a fase aguda da pandemia poderia terminar este ano, mas dependeria da rapidez com que seria atingida a meta de vacinar 70% da população em cada país, entre outros fatores.

Questionada por um jornalista, durante entrevista em Genebra, sobre o momento do fim da pandemia, Margaret Harris disse que está longe de terminar. "Estamos definitivamente no meio da pandemia", acrescentou.

Após mais de um mês de declínio, os casos de covid-19 começaram a aumentar em todo o mundo na semana passada, disse a OMS, com lockdowns na Ásia e a província chinesa de Jilin lutando para conter surto.

Segundo a organização, uma combinação de fatores está causando os aumentos, incluindo a variante Ômicron, altamente transmissível, a subvariante BA.2 e a suspensão de medidas sociais e de saúde pública.


Incidência de novos casos volta a subir na Europa

Em 14 dias, a incidência de novos casos de covid-19 voltou a subir na Europa, após várias semanas de queda sustentada, informou hoje (18) o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

Segundo o ECDC, a subida foi de 4,6% e a incidência atingiu 1,56 mil casos por 100 mil habitantes (dados até 13 de março), valor que sobe para 9,1% nos maiores de 65 anos. Há 14 países que registraram tendência ascendente, em contexto em que vários reduziram o número de testes.

O aumento da transmissão, principalmente em idosos, piora os indicadores de gravidade: seis países relataram aumento na ocupação hospitalar e cinco na taxa de mortalidade.

"Em tempos de alta incidência, é provável que algumas pessoas sejam hospitalizadas ou morram com, e não de covid-19. As internações e a ocupação de unidades de terapia intensiva, que poderiam dar um quadro mais preciso da gravidade, permanecem em níveis relativamente baixos", diz o texto.

O relatório semanal do órgão de referência para epidemias da União Europeia (UE), com sede em Estocolmo, destaca, contudo, que nove dos 28 países registraram tendência de aumento de unidades de cuidados intensivos em relação à semana anterior.

O ECDC considera também que a situação epidêmica, que inclui vários elementos além da incidência, é de grande preocupação principalmente em três países (Islândia, Irlanda e Holanda) e em mais 18, incluindo Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Noruega e Portugal.

A situação epidémica na Bélgica, Bulgária, Hungria, Itália, Lituânia, Polônia, Espanha e Suécia é de preocupação moderada e, no caso da Romênia, baixa.

As previsões para as duas próximas semanas na UE e no Espaço Económico Europeu (EEE) indicam tendência crescente na incidência e uma tendência estável nas internações e óbitos.

Segundo os dados disponíveis, 83,1% da população com mais de 18 anos na UE/EEE receberam o ciclo completo da vacina contra a covid-19 e 62,9% já têm a dose de reforço.

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