Ministra afirma que o PiauĂ­ vai dar exemplo nacional em polĂ­ticas pĂșblicas para as mulheres

Cida Gonçalves falou de outras medidas que vão ajudar diretamente as mulheres como o Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja titularidade das casas jĂĄ Ă© para as mulheres

Por Portal O Piauí em 17/02/2023 às 17:13:01
A ministra Cida Gonçalves disse que o grande desafio também é reduzir o desemprego, trabalhando a autonomia econômica das mulheres, que também precisam da inclusão digital

A ministra Cida Gonçalves disse que o grande desafio também é reduzir o desemprego, trabalhando a autonomia econômica das mulheres, que também precisam da inclusão digital

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, encerrou nesta sexta-feira (17) sua extensa agenda de trabalho em Teresina. A primeira atividade de hoje foi uma reunião com Rede de Enfrentamento à ViolĂȘncia contra as Mulheres Local. Em seguida, o encontro foi com o secretĂĄrio de Estado de Segurança, Francisco Lucas. No último compromisso do dia na capital, ela assistiu ao trailer do filme Esperança Garcia, na Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Cida Gonçalves avaliou como muito boa a vinda ao Piauí, classificando os resultados como ótimos e disse que aqui vai ter grandes parcerias, considerando que o estado tem um Governo Federal com diversas ações em andamento, citando, por exemplo, a construção das Casas da Mulher Brasileira (CMB).

"Temos aqui um estado que vai dar um grande exemplo nacional no combate à violĂȘncia contra as mulheres, em políticas públicas para as mulheres", ressalta a ministra, lembrando que estĂĄ no começo de um grande governo de quatro anos com trabalho conjunto do Piauí e o Governo Federal. Cida Gonçalves disse que procedimentos simples e duros, se forem necessĂĄrios, é que vão ajudar as mulheres a saírem da situação de violĂȘncia.


A ministra destacou que vai tentar recompor o orçamento que serĂĄ discutido com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e com o próprio Congresso Nacional e o presidente Lula, mas também existe possibilidade de vĂĄrias ações do Programa Mulher Viva Sem ViolĂȘncia que estejam em diversos outros lugares também sejam complementadas por outros ministérios. "Isso nós vamos estar efetivamente trabalhando no processo. Nós não temos nesse exato momento", comenta.

Cida Gonçalves falou de outras medidas que vão ajudar diretamente as mulheres como o Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja titularidade das casas jĂĄ é para as mulheres; o Bolsa Família e diversos outros programas em que a titularidade estĂĄ em nome das mulheres.

Segundo ela, o grande desafio também é reduzir o desemprego, trabalhando a autonomia econômica das mulheres, que também precisam da inclusão digital. Segundo ela, o pacto contra a violĂȘncia envolve todos os segmentos da sociedade, todas as pessoas. Para a ministra, é preciso reeducar a sociedade brasileira e ter divisão do trabalho dentro de casa.

O secretĂĄrio de Estado de Segurança Pública, Francisco Lucas, classificou de muito importante a vinda da ministra Cida Gonçalves ao Piauí. Para ele, a sociedade e o poder público tĂȘm como obrigação enfrentar a violĂȘncia contra as mulheres.

"A gente não pode permitir que as mulheres continuem morrendo, que isso seja encarado com naturalidade. Então, a ministra veio aqui tratar de políticas públicas que não é só violĂȘncia. A política de promoção da mulher envolve igualdade, saúde, educação. Infelizmente, a pauta que monopoliza é a violĂȘncia, sinal de que a gente ainda não evoluiu como sociedade", conta Lucas.

Ele lembrou que a instituição de uma patrulha cor lilĂĄs ainda é motivo de debate. "Para mim isso mostra o quanto estamos atrasados, nossa sociedade ainda é patriarcal enquanto é violenta e machista. Enquanto a cor lilĂĄs for motivo de debate na imprensa e na sociedade, isso mostra o quanto somos atrasados com civilização", enfatiza o SecretĂĄrio Francisco Lucas.

O secretĂĄrio disse que estĂĄ sendo discutido um protocolo, pois existem vĂĄrias leis de proteção que precisam funcionar. A primeira coisa e a mais grave que ele percebeu é o subregistro. Quase 60% das mulheres não registram ocorrĂȘncias de violĂȘncia que elas sofrem.

"Quando a gente olha os números das que foram vítimas de feminicídio, a grande maioria não registrou boletim de ocorrĂȘncia; ou seja, as autoridades policiais sequer tomaram conhecimento dessa violĂȘncia que elas estavam sofrendo. Isso faz parte de uma cultura que normalizava, que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Então, todos nós, sociedade, gestores, vizinhos e amigos temos que denunciar quando uma mulher sofrer violĂȘncia e é isso que vamos botar no protocolo", revela Francisco Lucas.

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