Na pandemia, mãe de família de Teresina se reinventou; aprendeu na internet a fazer crochê e já tem muitas clientes

A grande maioria de suas vendas são feitas por meio da internet

Por Portal O Piauí em 15/12/2021 às 13:00:15

Francisca buscou na internet um aprendizado que está dando bons resultados

Hoje, o "Feito Por Mim" mostra o trabalho da Francisca das Chagas, uma mãe moradora de Teresina(PI) que, por não ter com quem deixar a filha pequena enquanto fosse trabalhar fora, se reinventou. Pesquisou na internet como fazer alguns pontos de crochê, aprendeu, e logo já estava confeccionando e comercializando algumas peças.

O Feito Por Mim tem o objetivo de mostrar o trabalho de pessoas criativas do Piauí, principalmente mulheres, grande maioria, que se reinventaram nessa pandemia ou mesmo, antes, quando perderam o emprego fixo. Se você é uma dessas pessoas fale conosco e conte-nos sua história! Boa leitura e inspiração!


Em que momento você teve a ideia de produzir algo para comercializar?

Foi quando tive minha filha e não tinha como trabalhar fora e nem como contratar alguém para cuidar dela, até mesmo porque nós, mães, preferimos ficar os primeiros meses de vida perto de nossos bebês. Em casa, comecei com um simples ponto de crochê, daí, tive a curiosidade de procura no YouTube sobre como fazer outros pontos e fui me aperfeiçoando. Nunca fiz nenhum curso, apenas mesmo pesquisando. Logo comecei a confeccionar algumas peças



Conte um pouco sobre sua satisfação em poder ter seu próprio negócio.

É muito gratificante, inclusive pela independência financeira. Me sinto útil. Posso ajudar nas despesas de casa e ainda faço meu horário. É muito gratificante estar trabalhando e ao mesmo tempo saber que minha filha está sob meus cuidados.

A Coluna Feito Por Mim quer saber quais incentivos você acha que deveriam ter para os pequenos empreendedores?

Acho que seria financeiramente. Com mais facilidade para nós, pequenos empreendedores, que muitas vezes precisam de capital para comprar mercadorias e assim, atender a mais clientes.

Como você se imagina, em relação ao seu empreendimento, daqui a 5 anos?

Com um ateliê repleto de linhas e de mercadoria para mão de obra. Muitos pedidos. Com, pelo menos, duas funcionárias e, quem sabe, dar curso de crochê. Também pretendo formar uma turma para adolescentes carentes, donas de casa que não têm uma perspectiva de trabalho. Quero ajudar de alguma maneira para agradecer a Deus por tudo aprendi.



A pandemia ajudou ou atrapalhou em relação ao seu projeto?

Atrapalhou um pouco, porque no período crítico da pandemia, os armarinhos ficaram sem linhas, já que os fornecedores não estavam enviando.

Qual a melhor maneira que você acha para comercialização do seu produto: online ou físico?

No momento, o meu produto tem mais saída on-line. Então, para mim, essa é a melhor maneira. Entretanto, pretendo ter um espaço físico e participar de feiras. Todavia, nos últimos tempos, por conta da pandemia, da dificuldade em sair e não ter com quem deixar minha filha pequena, o on-line foi meu porto seguro. E quero continuar vendendo pela Internet.

O que você tem a dizer para algumas mulheres que, nessa pandemia ficaram desempregadas ou mesmo que não têm com quem deixar seus filhos, mas precisam ter alguma renda?

Digo que, mesmo as dificuldades que a pandemia trouxe, precisamos nos reinventar para que tenhamos nossa independência. E que não desistam! Persistam!


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