A nova maternidade de Teresina, que está em fase de conclusão na Avenida Presidente Kennedy, em Teresina, terá a Casa da Gestante para atender as mulheres que estão aguardando o trabalho de parto. É muito comum a gestante chegar e ainda não ser a hora do parto e aí ela vai para casa, a bolsa estoura e a paciente volta, em alguns casos, na garupa de moto, explicou a governadora Regina Sousa que visitou as obras, nesta quinta-feira, 8, para ver como está a reta final dos trabalhos.
Ela lembrou que isso acontece, principalmente, com as que são mães pela primeira vez. Assim, a Casa da Gestante será um espaço no qual as mulheres poderão ficar aguardando o momento do parto, com toda a assistência e os devidos preparativos. A nova maternidade terá o foco na humanização e no cuidado com as pessoas.
Além de ser uma das mais modernas do Brasil, a maternidade terá conforto e um cuidado com as pacientes. Tem como principal objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil no Piauí. Ela será de alta complexidade e contará com 280 leitos (sendo 95 de UTI). O investimento é de R$ 136 milhões, sendo R$ 86 milhões garantidos pelo Governo do Estado e R$ 50 milhões oriundos da União, verbas advindas da bancada federal de parlamentares.
A importância da humanização foi também destacada pelo médico Benjamim Costa Vale, da Associação Reabilitar, que administrará a maternidade. Ele, inclusive, ressalta que a parte física são apenas os tentáculos. "A diferença no local serão os seres humanos capacitados que irão trabalhar nela, para ter um maior cuidado com as pacientes", comentou.
A diretora de Vigilância de Agência e Saúde da Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) e coordenadora da Comissão de Transição da Maternidade Evangelina Rosa para a Nova Maternidade, Cristiane Moura Fé, explicou que serão feitas capacitações com os profissionais da Maternidade Evangelina Rosa e que o novo local dará um salto na qualidade do atendimento.
"Teremos implantação de segurança da paciente desde a entrada até a saída. Tudo será informatizado com os dados das gestantes. É importante também dialogar com os municípios, pois eles farão a estratificação de risco quando encaminharem as gestantes para a nova maternidade", disse Cristiane.
Entre as inovações apresentadas, está a implantação do Sistema de Prontuário Eletrônico de Pacientes, que reunirá todas as informações de atendimento e facilitará o acompanhamento on-line do cumprimento de metas de produção dentro da nova maternidade. Esse sistema já é utilizado no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), administrado pela Associação Reabilitar e referência nacional no atendimento às pessoas com deficiência.
O superintendente da Sesapi, Jefferson Campelo, destacou que a maternidade é a maior obra na área de saúde do Piauí nos últimos 30 anos. De acordo com ele, a nova maternidade vai trazer muitos benefícios, pois será equipada com a mais alta tecnologia e funcionará também como maternidade-escola, inclusive para cursos de pós-graduação. "A maternidade ficará em pé de igualdade com as melhores do Brasil", completou.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 95% da obra física está pronta, mas ainda não há uma previsão de entrega, porque é necessário a chegada de todos os equipamentos. A Associação Reabilitar estima que os primeiros equipamentos cheguem no mês de outubro e a instalação é necessária para a conclusão da obra. Ao todo, os processos de cotação de preços para a aquisição de equipamentos já geraram uma economia de mais de R$ 1,3 milhão para os cofres públicos.
A entidade trabalha com um cronograma de compras para equipar toda a maternidade e os processos de cotação de preços ficam disponíveis no site
reabilitar.org.br/transparencia. Já estão contratados os equipamentos para os setores de Lavanderia, Central de Material Esterilizados, Tomografia, Raios X e focos para as salas do centro cirúrgico. Também estão em fase final de contratação: o mobiliário para todos os setores; os equipamentos para a cozinha e nutrição; bem como as banheiras que vão equipar o Centro de Parto Normal da nova maternidade.
