Ao assumir PresidĂȘncia do TSE, Moraes defende urnas eletrônicas e reforça que sistema Ă© orgulho nacional

Alexandre de Moraes ressaltou a eficiĂȘncia da Justiça Eleitoral, por fazer do Brasil o Ășnico em que as eleições ocorrem simultaneamente em todo o território, tendo o resultado proclamado no mesmo dia da votação

Por Portal O Piauí em 17/08/2022 às 09:07:22
Alexandre de Moraes, que estava sentado ao lado do atual presidente da República, defendeu o Estado democrático de direito e a Justiça Eleitoral

Alexandre de Moraes, que estava sentado ao lado do atual presidente da República, defendeu o Estado democrático de direito e a Justiça Eleitoral

"Somos a Ășnica democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competĂȘncia e transparĂȘncia. Isso é motivo de orgulho nacional". A afirmação foi feita nesta terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, na cerimônia em que foi empossado na PresidĂȘncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde estava presentes os presidentes da RepĂșblica, LuĂ­s InĂĄcio Lula da Silva, Dilma Rousseff, José Sarney e Michel Temer e atual presidente.

No discurso de posse, Alexandre de Moraes destacou o papel da Justiça Eleitoral na garantia do exercĂ­cio da democracia no Brasil e a importância do combate à desinformação para assegurar a liberdade das eleitoras e dos eleitores na manifestação da vontade nas urnas.

Alexandre de Moraes iniciou sua fala homenageando o antecessor, ministro Edson Fachin, e o vice, ministro Ricardo Lewandowski, de quem foi aluno na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo (SP). Em seguida, ele defendeu o respeito às instituições como o Ășnico caminho de crescimento e fortalecimento da RepĂșblica e a democracia como o Ășnico regime em que se manifesta o poder emanado do povo.

Ao abordar as dimensões da democracia brasileira – a quarta maior do planeta –, Alexandre de Moraes ressaltou a eficiĂȘncia da Justiça Eleitoral, por fazer do Brasil o Ășnico em que as eleições ocorrem simultaneamente em todo o território, tendo o resultado proclamado no mesmo dia da votação. "Somos 156.454.11 eleitores aptos a votar. Somos uma das maiores democracias do mundo em termos de voto popular, estando entre as quatro maiores democracias do mundo", salientou.

Quatro ex-presidentes estavam presentes na cerimônia de posso do novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes que iniciou seu discurso homenageando o ex-presidente da Corte, Edson Fachin; e enfatizou que o Brasil é uma das maiores democracias do mundo.


Avanços

O trabalho conjunto do TSE, dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e de toda a estrutura da Justiça Eleitoral na organização de eleições seguras e transparentes foi enaltecido pelo novo presidente da Corte. Ele apontou o advento do voto eletrônico, em 1996, como uma reação da democracia brasileira ao histórico desvirtuamento provocado pelas incontĂĄveis fraudes eleitorais que marcaram a trajetória do voto manual no paĂ­s.

Moraes apontou os constantes aprimoramentos que são regularmente implementados no sistema eletrônico de votação, como a expansão da identificação biométrica do eleitorado, que afastou de vez as fraudes de indivĂ­duos com tĂ­tulos eleitorais mĂșltiplos. "O aperfeiçoamento foi, é e continuarĂĄ sendo constante, absolutamente sempre, para garantir total segurança e transparĂȘncia ao eleitorado nacional, como demonstra a implementação da biometria, que somente não foi finalizada em virtude da trĂĄgica pandemia causada pela covid-19", frisou.

Segundo ele, a vocação para a democracia e a coragem de combater aqueles que são contrĂĄrios aos ideais constitucionais e aos valores republicanos de respeito à soberania popular permanecem na Justiça Eleitoral e no TSE, que continuamente vĂȘm se aperfeiçoando, principalmente com a implementação e a melhoria das urnas eletrônicas. Moraes ainda destacou o papel da Justiça Eleitoral na condução das eleições para que ocorram de modo ordeiro, transparente e legal.


Combate à desinformação

A liberdade do direito de voto sigiloso, numa manifestação de escolha consciente e baseada em fatos, é, na visão do ministro, firmada na liberdade de expressão, no pluralismo e na livre circulação de ideias. Para Alexandre de Moraes, cabe à Justiça Eleitoral proteger essa liberdade, intervindo o mĂ­nimo possĂ­vel, sem, contudo, se furtar a julgar os excessos que venham a ser cometidos.

Por isso, o presidente do TSE considerou imprescindĂ­vel a atuação da Justiça Eleitoral no combate aos discursos com propagação de ódio e ameaças antidemocrĂĄticas, bem como às infrações penais e toda a sorte de atividades ilĂ­citas. "Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, de destruição da democracia, das instituições, da dignidade e da honra alheias. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos", afirmou.

Moraes ainda disse que a intervenção da Justiça Eleitoral serĂĄ célere, firme e implacĂĄvel na coibição de prĂĄticas abusivas ou de notĂ­cias falsas ou fraudulentas, principalmente aquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais. "E assim atuarĂĄ Justiça Eleitoral para proteger a integridade das instituições do regime democrĂĄtico e a vontade popular. Pois a Justiça Eleitoral não autoriza que se propague mentiras que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições", enfatizou o presidente do TSE.

Democracia é construção coletiva

Embora não seja um caminho fĂĄcil, exato ou previsĂ­vel, nas palavras de Alexandre de Moraes, a democracia é o Ășnico caminho, é uma construção coletiva daqueles que acreditam na liberdade, na paz, no desenvolvimento, na dignidade da pessoa humana, no pleno emprego, no fim da fome, na redução das desigualdades, na prevalĂȘncia da educação e na garantia de saĂșde de todas os brasileiros e brasileiras. Assim, cabe aos poderes pĂșblicos, segundo ele, atuar conjuntamente para proteger o regime democrĂĄtico e suas instituições, bem como para assegurar a união da nação.

"A democracia é uma construção coletiva de todos que acreditam na soberania popular e, mais do que isso, de todos que acreditam e confiam na sabedoria popular, que acreditam que nós, autoridades do Poder JudiciĂĄrio, do Poder Executivo, do Poder Legislativo, somos passageiros, mas que as instituições devem ser fortalecidas, pois são permanentes e imprescindĂ­veis para um Brasil melhor, para um Brasil de sucesso e progresso, para o Brasil com mais harmonia, justiça social, mais igualdade, solidariedade, com mais amor e esperança", completou.


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