A produção industrial na zona do euro superou as expectativas em janeiro, impulsionada por um crescimento notável na Alemanha. Dados divulgados pela Eurostat nesta quinta-feira revelam um aumento de 0,8% na produção dos 20 países que compartilham o euro, contrastando com a previsão de 0,6%.
A expansão alemã, com um salto de 2,3%, foi crucial para compensar os resultados negativos observados na Itália e na Espanha. Este desempenho sugere uma possível recuperação da economia alemã, que tem enfrentado desafios nos últimos anos.
Em comparação com o ano anterior, a produção de janeiro manteve-se estável, revertendo a queda de 1,5% registrada em dezembro. No entanto, a produção ainda se encontra 3% abaixo dos níveis de 2021, indicando que o caminho para uma recuperação completa ainda é longo.
Apesar do bom resultado, a produção de energia e bens de consumo apresentou uma queda acentuada, enquanto a produção de bens de capital, como máquinas e ferramentas, registrou um aumento significativo.
Economistas apontam que a indústria alemã, após um período de recessão, pode ter atingido seu ponto mais baixo. A atenção agora se volta para as tarifas dos Estados Unidos, consideradas a maior ameaça à continuidade da recuperação.
"A atividade industrial na Alemanha, a maior economia do bloco, está em recessão nos últimos dois anos, uma vez que os altos custos de energia, a intensa concorrência da China e o crescimento anêmico da produtividade reduziram as vendas." informou a Eurostat.
"Mas economistas dizem que a indústria alemã provavelmente chegou ao patamar mais baixo, com as tarifas dos Estados Unidos representando agora a maior ameaça à recuperação." concluiu a Eurostat.
*Reportagem produzida com auxílio de IA