Ministros das Relações Exteriores das principais democracias ocidentais se reuniram no Canadá, em um encontro marcado por tensões crescentes entre os aliados dos Estados Unidos e o presidente Donald Trump. As divergências se devem à reviravolta na política externa sobre a Ucrânia e à imposição de tarifas comerciais.
Os chanceleres de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, juntamente com a União Europeia, encontraram-se na cidade turística de La Malbaie, Quebec, para dois dias de reuniões que, tradicionalmente, eram marcadas pelo consenso.
A pauta incluiu discussões sobre as conversas do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, com representantes da Ucrânia na Arábia Saudita, onde Kiev manifestou apoio a um cessar-fogo de 30 dias na guerra com a Rússia.
A elaboração de uma declaração final abrangente tem sido um desafio, especialmente após a decisão dos EUA de impor tarifas sobre importações de aço e alumínio, provocando retaliações do Canadá e da UE.
Washington buscou impor limites na linguagem sobre a Ucrânia e se opôs a uma declaração sobre a contenção da frota sombra da Rússia, exigindo, ao mesmo tempo, uma postura mais firme em relação à China.
"No G7, vamos nos concentrar em todos esses aspectos. É disso que se trata a reunião. Não se trata de uma reunião sobre como vamos dominar o Canadá." disse Marco Rubio aos repórteres.
A Ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, afirmou que pretende coordenar uma resposta com os europeus e pressionar os americanos em relação às tarifas.
"Em todas as reuniões, levantarei a questão das tarifas para coordenar uma resposta com os europeus e pressionar os americanos." disse Melanie Joly na quarta-feira.
Diplomatas europeus esperam usar o G7 para avaliar a influência de Rubio na política externa dos EUA, especialmente considerando o uso de autoridades não ligadas ao Departamento de Estado em negociações cruciais.
As relações entre os Estados Unidos e o Canadá atingiram um ponto crítico, com ameaças de tarifas e reflexões sobre a anexação do Canadá como o 51° estado dos EUA, refletindo um momento de grande tensão nas relações internacionais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA