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Banda piauiense Alma Root's grava músicas do Belchior; lançamento do novo trabalho será nesta quarta-feira, 25

Saiba como surgiu a ideia da banda Alma Root's levar para os palcos a música de um artista como Belchior que deixou uma obra monumental e hoje é aclamado por todos; e gravado pela nova geração de artistas

Por Portal O Piauí em 24/01/2023 às 09:39:59
A capa do novo trabalho do Alma Root's será levado para todas plataformas digitais voltadas para a música; tanto a capa quanto as músicas foram escolhidas por meio de enquete em rede social

A capa do novo trabalho do Alma Root's será levado para todas plataformas digitais voltadas para a música; tanto a capa quanto as músicas foram escolhidas por meio de enquete em rede social

Por Rejane Moraes e Djalma Batista


A banda piauiense Alma Root"s, que vem se destacando no Piauí e Brasil pela qualidade musical, conseguiu da família de Belchior a autorização para gravar seis músicas do artista cearense na versão reggae. Depois de muito trabalho, a produção foi concluída e a pré-estreia será nesta quarta-feira, dia 25, no Stouradas, na Rua Lizandro Nogueira, Centro de Teresina, a partir das 20h30.

Para a banda, é uma feliz gratidão fazer parte da história de Belchior, um dos artistas mais aclamados pelo público e pela crítica, nos últimos anos; e também com uma das obras mais completas e eternizadas por monstros sagrados da Música Popular Brasileira, como Elis Regina, Vanusa, Jair Rodrigues e Antônio Marcos.

AS MÚSICAS GRAVADAS

Foi trabalhoso escolher apenas seis músicas em meio à vastidão da obra deixada pelo artista, mas a Alma Root"s, enfim, conseguiu selecionar e gravar as principais pérolas do cancioneiro de Belchior: "Como nossos pais", "Velha roupa colorida", "Alucinação", "Comentário a respeito de John", um pequeno pout-pourri com as canções "Apenas um rapaz latino-americano", "Medo de avião" e "A Palo Seco" e a música "Doce mistério da vida" que nem todos conhecem, mas que é muito linda na visão da banda.



A ideia de fazer a regravação de um artista com outra pegada, que fosse diferente do que estava acostumada a fazer, que era o reggae raiz ligado a grandes nomes como Bob Marley, Peter Tosh e Johnny Was, surgiu em 2020. Quem explica melhor sobre o nascimento deste projeto é o Nildo Viana, um dos vocalistas da banda e um dos coordenadores do novo trabalho.

"Naquele momento, a Alma Root"s queria fazer uma versão de novos artistas brasileiros. A gente queria dar uma saidinha do reggae, desejava novas vertentes, novos caminhos. Havia a sede de um tipo diferente de trabalho para começarmos a aplicar outras sonoridades na banda. A nossa vontade era de experimentar novas coisas. E era muito interessante aproveitar um outro artista, para que isso ocorresse de forma natural", disse Nildo Viana ao Portalopiaui.

ESCOLHA FEITA POR MEIO DE ENQUETE

Para chegar ao artista cearense, a banda fez uma enquete nas redes sociais com os nomes de consenso do grupo: Belchior, João do Vale e Luiz Gonzaga. Assim como ocorreu com a capa do projeto que também foi feita por meio de rede social.

"Na escolha do nome, a banda estava crente que ia dar Luís Gonzaga na cabeça e tal, mas, para nossa surpresa, deu Belchior. E aí a gente começou a imersão de pesquisar, trabalhar e achar essas canções. Foi bastante complicado porque, ao mesmo tempo, que se queria colocar algumas músicas do lado B, só podia colocar seis no projeto. Foi muito trabalhoso escolher entre muitas canções", explicou.

Se não bastasse a difícil tarefa de selecionar o melhor e mais atraente da obra de Belchior, a banda teve problema com a produtora que captou o show inicial. Por isso, não conseguiu obter todo o material de todas as músicas. Diante disso, decidiu lançar três ou quatro em clips; e o restante do material vai sair nas plataformas Sportfy e Dreezer.

O NOME BELCHIOR CRESCEU MUITO

A banda esperou bastante a autorização dos familiares de Belchior. O ripe do artista subiu muito nos últimos anos, teve uma grande evolução. Não estava tão alto quando o trabalho foi iniciado. Isso é até bom para a Alma Root"s porque fará o lançamento em outro momento, quando o artista está muito forte, em outro patamar.

Segundo o vocalista Nildo Viana, não foi difícil fazer as releituras da obra de Belchior porque os membros da banda já têm uma boa relação com a música brasileira e com o artista. Por isso, foi definido que os arranjos deveriam ser ao mesmo tempo inovadores, que tivesse a característica de novidades, mas também que preservasse a lembrança das músicas, que não saísse tanto das versões originais.

"Acho que a galera vai gostar muito. Ficou muito bonito. Vamos ver os resultados", falou Nildo. "É o primeiro trabalho que a gente vai lançar em 2023. Leva uma carga pesada de abrir o ano. Estamos muito empolgados com este lançamento".


BANDA ELEVA NÍVEL DAS LETRAS E MÚSICAS

A Alma Root"s incorpora a música piauiense com grandes trabalhos. É uma banda que pegou o reggae e rompeu com a ideia de que fazer reggae é coisa simples. A banda elevou o nível das letras e músicas no sentido de realmente buscar uma forma musical mais complexa; e de mostrar que isso também cabe no reggae. Para isso, valoriza os arranjos mais trabalhados e letras mais elaboradas.

"Muita gente colocou na cabeça que o reggae é simples, mas na verdade, o reggae nunca foi simples. O Bob Marley, por exemplo, tem muita filosofia e muita poesia na música dele. Apesar de ter poesias mais simples, também tem muitas coisas mais complexas. Acho que a Alma Root"s cumpriu o papel. A gente não faz reggae porque quer ser uma banda de reggae, a gente faz uma tentativa de manutenção de uma base rítmica de reggae por ser a essência da banda, mas a gente já transita por todos os caminhos", falou Nildo.

No palco, a banda Alma Root's apresenta novos talentos da música, como este garoto que manda muito bem no rap e hip hop. (Foto: Djalma Batista)

De acordo com ele, a banda tenta fazer com que o reggae seja algo mais amplo, tanto musicalmente quanto sentimentalmente naquilo que tem como ideia sólida de música, até para criar uma competição num nível mais alto para a galera que está lá fora. O vocalista explica que, para ter esses destaques que a banda vem tendo dentro e fora do Piauí, é preciso estar sempre inovando e mostrando que sabe o que está fazendo, que a coisa é boa e tem qualidade.

"A banda sonha grande. Sonha muito em ver a música piauiense sendo premiada e galgando destaques lá fora. Mas se a gente vai conseguir ou não, isso é muito relativo. Enquanto isso, a Alma Root"s vai tentando, dentro da nossa humildade, dentro daquilo que a gente pode fazer aqui", concluiu Nildo.

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