Mas a ação não pede a invalidação dos votos do primeiro turno, quando o PL fez uma ampla bancada de deputados federais.
O documento aponta que "em todas as 279.336 urnas eletrônicas dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, utilizadas no Segundo Turno das Eleições Gerais de 2022" foram verificadas inconsistĂȘncias.
"Nós do PL não somos especialistas em segurança de dados, por isso fomos atrĂĄs de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparĂȘncia do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, e a bancada do PL foi eleita por urna eletrônica, as bancadas do PL foram eleitas por urna eletrônica. Então, é natural que se peça um trabalho de fiscalização para que não fique nenhuma dĂșvida em relação ao nosso sistema eleitoral", disse Costa Neto.
O relatório aponta que, a partir da auditoria realizada apenas com base nos resultados decorrentes das urnas do modelo UE2020 (40,82% do total das urnas utilizadas no segundo turno) – deveriam ser computados 26.189.721 votos ao para Jair Messias Bolsonaro e 25.111.550 votos ao candidato Luiz InĂĄcio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos vĂĄlidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula.
"Esse relatório não expressa a opinião do Partido Liberal, mas é o resultado de estudos elaborados por especialistas graduados em uma das universidades mais respeitadas do mundo e que, no nosso entendimento, deve ser analisado pelos especialistas do TSE de forma que seja assegurada e resguardada a integridade do processo eleitoral", argumentou o presidente do PL.
*Matéria ampliada às 18h20
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na sessão administrativa desta quinta-feira (22), os documentos referentes à apuração dos resultados para os cargos de presidente e vice-presidente da RepĂșblica no segundo turno das Eleições Gerais de 2022.
Foram aprovados os relatórios parciais dos grupos de relatorias dos ministros Raul AraĂșjo (Grupo 1), Carlos Horbach (2), Ricardo Lewandowski (3), Benedito Gonçalves (5) e Sérgio Banhos (6), sem divergĂȘncias e manifestações.
Os relatórios foram acolhidos integralmente, uma vez que não foram registradas intercorrĂȘncias, reclamações, impugnações ou inconsistĂȘncias. Além disso, todos os requisitos legais foram devidamente cumpridos, conforme destacaram os relatores.
Com as decisões de hoje, resta agora somente a anĂĄlise do relatório do Grupo 4, de relatoria da ministra CĂĄrmen LĂșcia.
Estados que compõem cada grupo
Para a apuração dos resultados das eleições presidenciais, as 27 unidades federativas foram divididas em seis grupos, que foram sorteados no dia 29 de setembro entre os ministros da Corte, com exceção do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. A distribuição é a seguinte:
Grupo 1 - Alagoas, Amazonas, São Paulo e Tocantins;
Grupo 2 - Minas Gerais, Mato Grosso, EspĂrito Santo e Mato Grosso do Sul;
Grupo 3 - CearĂĄ, Sergipe, Maranhão e GoiĂĄs;
Grupo 4 – ParĂĄ, ParanĂĄ, PiauĂ e Rio de Janeiro.
Grupo 5 - Bahia, ParaĂba, Pernambuco e Santa Catarina;
Grupo 6 - Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Acre, AmapĂĄ, Roraima e Rondônia.
DB/LC, DM
Processos relacionados: AE 0601376-94, AE 0601377-79, AE 0601380-34, AE 0601374-27 e AE 0601379-49
Fonte: AgĂȘncia Brasil