Lula, presidente eleito do Brasil, se reuniu pela primeira vez com ministros do STF após a eleição

Ao visitar o STF, o presidente da Câmara e do Senado, Lula sinalizou com novo momento de respeito e paz entre os poderes e com a volta da normalidade ao Brasil

Por Portal O Piauí em 10/11/2022 às 15:03:00
Na entrevista a jornalistas ao sair do STF, Lula disse que vai trabalhar 24 horas para resolver os graves problemas que o Brasil está vivendo. Foto: Nelson Jr./STF.

Na entrevista a jornalistas ao sair do STF, Lula disse que vai trabalhar 24 horas para resolver os graves problemas que o Brasil está vivendo. Foto: Nelson Jr./STF.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se nesta quarta-feira (9) com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na sede da instituição, onde estava a presidente da Corte Suprema, Rosa Weber, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e os demais ministros. O encontrou foi um dos primeiros compromissos de Lula em Brasília após o resultado do segundo turno das eleições.

O encontro durou cerca de 50 minutos e teve a participação de dez ministros do STF. A única ausência foi do ministro Luís Roberto Barroso, que está em viagem institucional ao Egito, onde participa da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27).

Ao sair do STF, o presidente eleito concedeu entrevista coletiva à mídia, quando respondeu perguntas sobre os mais variados temas. Ele disse que está retornando para São Paulo, onde vai preparar a sua viagem para participar da COP 27 no Egito. Explicou que quando tiver os nomes dos ministros que vão compor seu governo tem o maior interesse que sejam divulgados para todo o país.

Lula conversou de forma cordial com a presidente do STF, Rosa Weber, e com os demais ministros da Corte; Ele estava acompanhado do coordenador geral da equipe de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, e outros membros da equipe de transição, e havia um reforço importante que foi Flávio Dino, sanador eleito do Maranhão. (Foto: Nelson Jr./STF)


Aos jornalistas, Lula reafirmou o compromisso de articular ajustes no Orçamento da União de 2023 para garantir recursos para situações emergenciais que não podem ser adiadas. No caso da relação com o Congresso Nacional, Lula afirmou que o seu governo não fará interferência nos poderes e que vai enviar os projetos de interesse dos brasileiros e esperam que sejam votados com base nos desejos da população.


"Eu me candidatei com o compromisso de que é possível resgatar a cidadania do povo brasileiro, de que é possível a gente recuperar a harmonia entre os poderes, de que é possível recuperar a normalidade da convivência entre as instituições brasileiras. Instituições que foram atacadas, que foram violentadas por uma linguagem nem sempre recomendável por algumas autoridades ligadas ao governo".

O presidente eleito disse ainda que "o tempo é de governar o país" e "não há tempo para vingança".

"Vim aqui para dizer sobre o nosso respeito pelas instituições, da relação que a gente pretende manter com a Câmara dos Deputados, com o Senado. Não enxergo dentro da Câmara e do Senado essa coisa de Centrão, enxergo deputados que foram eleitos e que, portanto, a gente vai ter que conversar com eles para garantir as coisas que serão necessárias para melhorar a vida do povo brasileiro", completou.

De acordo com o tribunal, os ministros demonstraram preocupação com os investimentos em educação e meio ambiente no novo governo Lula. Durante a conversa, Lula afirmou que "atuará pela reconstrução da união do Brasil", respeitando os poderes e trabalhando em harmonia pela melhoria do Brasil.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o senador eleito do Maranhão, Flávio Dino, e os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin também estavam na comitiva que participou do encontro no STF.

Após a reunião na Corte Suprema, o presidente eleito se encontrou com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Mais cedo, Lula também reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Lula com o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco.

O presidente eleito com o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira





Edição: Nádia Franco

Congresso trabalhará pela manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, disse Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (9) que o Congresso Nacional trabalhará para recompor o Orçamento e assegurar a manutenção de programas sociais. A declaração foi feita após reunião com presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no início desta tarde.

"Reafirmei ao presidente Lula que o Congresso irá trabalhar, de forma responsável e célere, para assegurar os recursos que garantam, em 2023, os R$ 600 do Auxílio Brasil, o reajuste do salário mínimo e os programas sociais necessários para a população mais carente do país", disse Pacheco, por meio do Twitter.

Na postagem, Pacheco afirmou que recebeu, na residência oficial do Senado, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), do ex-ministro Aloizio Mercadante e de colegas senadores.

Chamada de PEC da Transição, a medida busca abrir espaço orçamentário e cumprir uma das promessas de campanha do presidente eleito, de não deixar que o pagamento de R$ 600 seja interrompido e garantir um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos de idade. Para atender essa demanda, a equipe de transição discute se a autorização para estourar o teto de gastos em cerca de R$ 175 bilhões sairia por meio de proposta de emenda à Constituição ou de medida provisória que garanta créditos extraordinários (fora do teto) com autorização do Tribunal de Contas da União e da Justiça.

Na manhã desta terça-feira, o presidente eleito se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). E logo após o encontro do Pacheco, encontrou-se com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.

Edição: Nádia Franco


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