Lula e Alckmin está com as articulações avançadas para conseguirem recursos para solucionar grandes problemas inadiáveis
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está em Brasília e tem uma série de reuniões nesta quarta-feira (9). A agenda inicia com os presidentes da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. No período da tarde será a vez das reuniões com os ministros Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal.
No discurso que fez logo após ser eleito presidente do Brasil, no dia 30, Lula disse que uma de suas prioridades seria acabar com a fome e ajudar as famílias a encher o carrinho do supermercado.
Agora, dez dias depois das eleições, Lula e seu time têm uma certeza: o primeiro passo para alcançar esse objetivo é refazer o orçamento que Jair Bolsonaro deixou para 2023.
Durante a análise da proposta que Bolsonaro enviou para o Congresso, os parlamentares do PT e o governo de transição descobrem mais e mais absurdos. É o caso do dinheiro que seria destinado para a agricultura familiar.
O ex-capitão teve a cara de pau de propor um corte de 97% no Alimenta Brasil, criado por Lula com o nome de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Segundo denunciou o senador Jean Paul Prates (PT-RN), se o orçamento continuasse como Bolsonaro queria, os recursos para esse programa cairiam de R$ 101 milhões para algo em torno de R$ 2 milhões. E pensar que, em 2010, último ano do primeiro governo Lula, foram R$ 622 milhões, como já mostrou o UOL.
É possível que alguém se pergunte o que a agricultura familiar tem a ver com o combate à fome. E a resposta é: muita coisa.
Enquanto o agronegócio se dedica principalmente a produtos que são exportados para outros países, os pequenos e médios agricultores plantam e criam mais de 70% do que comemos.
Então, ao apoiar a agricultura familiar, o governo garante uma maior produção, o que garante a oferta de comida e ajuda a abaixar os preços.
Além disso, com mais alimentos produzidos, o governo abastece as escolas e ainda faz estoques para os momentos de escassez.
É por isso que o PAA foi um dos programas fundamentais para que o Brasil saísse do Mapa da Fome. E ver como Bolsonaro o tratou ajuda a entender por que ele trouxe a fome de volta.
O objetivo do novo governo Lula é enfrentar a fome de verdade, voltando a integrar várias políticas e ações para garantir alimento a todos.
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Assim, além de fortalecer a agricultura familiar, o governo de transição já trabalha para garantir no orçamento de 2023 ações como o novo Bolsa Família, que dará R$ 600 para cada família mais R$ 150 por cada criança com até 5 anos; a elevação do salário mínimo acima da inflação; recursos para a merenda escolar e creches e a continuidade de obras para gerar empregos.
Como lembrou, na terça-feira (8), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o foco deve ser sempre a qualidade de vida da população. "A obra-prima do Estado é a felicidade das pessoas. Nós devemos ter o foco nas pessoas", disse Alckmin, que é coordenador-geral do governo de transição (veja vídeo abaixo).