Nesta sexta-feira, 4, equipe de transição do novo governo Lula conhece local onde será instalada em Brasília

Em nota, o PT disse que Lula e seu time começam a reconstrução do país com atenção ao povo trabalhador

Por Portal O Piauí em 04/11/2022 às 12:01:16
Alckmin fala à imprensa ao lado de Marcelo Castro e lideranças do PT (foto: Lula Marques)

Alckmin fala à imprensa ao lado de Marcelo Castro e lideranças do PT (foto: Lula Marques)

Lula só toma posse em 1º de janeiro. Mas ele e seu time já estão trabalhando para reconstruir o país e garantir uma vida melhor para o povo brasileiro. Nesta sexta-feira, a equipe de transição do novo governo já está conhecendo as instalações do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde vai passará a funcionar até a posse de Lula.

Nesta quinta-feira (3), o vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) se encontraram com o relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI). A proposta de Orçamento enviado ao congresso pelo governo Bolsonaro, segundo o relator Marcelo Castro, tem muitos problemas por não prever recursos para merenda escolar, Auxílio Brasil e Farmácia Popular no ano que vem.

Na conversa, ficou acertado que o governo de transição do presidente Lula apresentará, na próxima terça-feira (8), propostas que vão corrigir as falhas no orçamento que o governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional. Além disso, será construída uma PEC - Proposta de Emenda Constitucional que visa permitir o aporte de recursos para garantir situações emergenciais.

Dessa forma, o novo governo Lula quer garantir, com o apoio do Congresso Nacional, o Bolsa Família de R$ 600 com R$ 150 extras para cada criança com menos de 6 anos, e o reajuste do salário mínimo acima da inflação já em 2023.

Também são prioridades a retomada de investimentos no programa Farmácia Popular, a manutenção da desoneração dos combustíveis, a correção da tabela do Imposto de Renda e a diminuição da fila do SUS.

Obras não podem parar

Outra preocupação é garantir os recursos necessários para serviços e obras públicas em andamento não sejam paralisados. Como explicou Alckmin, se o orçamento continuar do jeito que Bolsonaro enviou, certamente vários projetos acabarão interrompidos.

"É uma preocupação nossa, porque não está adequado no orçamento que foi enviado para o Congresso Nacional. Então, há a necessidade de haver uma suplementação para garantir os serviços, garantir as obras", explicou o vice-presidente, que pretende se encontrar ainda com os presidentes da Câmara e do Senado.

Além de Alckmin e Dias, também estavam no encontro com Marcelo Castro a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, além de outros parlamentares do Partido dos Trabalhadores.

Gleisi e Mercadante também acompanharam Alckmin, mais tarde, em uma reunião com o atual chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Palácio do Planalto. O encontro busca organizar o processo de transição, como determina a Constituição.

Medidas práticas

Wellington Dias explicou que os ajustes necessários no orçamento serão feitos de duas formas. Primeiro, uma equipe técnica do governo de transição fará todos os cálculos para que as medidas e os valores necessários sejam incluídos no orçamento de 2023.

Além disso, será apresentada uma proposta de emenda à Constituição (a PEC da Transição) para assegurar a realização desses investimentos dentro da lei. "Encontramos muito boa vontade aqui, em um gesto pelo Brasil, para que possamos neste momento tratar de várias emergências", afirmou Dias, referindo-se à boa recepção que as propostas tiveram por parte de Marcelo Castro.

Também presente na reunião, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), mostrou otimismo com o início da transição governamental. "Vamos juntos com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin iniciar as negociações por mudanças no Orçamento para manter benefício de R$ 600 e aumentar salário acima da inflação. Hoje começaremos a reconstrução do Brasil", resumiu.

Já o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), ressaltou, em entrevista à CNN Brasil, que o Brasil tem muito potencial para se desenvolver, mas estava faltando um projeto de nação.

Segundo Lopes, o projeto liderado por Lula começa com o compromisso de nenhum brasileiro passar fome. "E para realizar essa primeira ação, precisamos garantir os R$ 600 para mais de 20 milhões de famílias", disse.

Da Redação, com PT na Câmara e PT no Senado

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