Estudo da FGV aponta que o Piauí teve a menor taxa de evasão escolar na pandemia

A Seplan, por intermédio da superintendência Cepro, divulgou estudo sobre a educação piauiense e as ferramentas adotadas no contexto da pandemia da Covid-19. A publicação aborda os efeitos do ensino remoto na rotina da população, sendo a educação uma das áreas muito impactadas pelas ações necessárias à contenção da transmissibilidade do Coronavírus.

De acordo com a Cepro, o estudo intitulado "Retorno para Escola, Jornada e Pandemia", publicado pela FGV, em janeiro de 2022, aponta o Piauí como o Estado com a menor taxa de evasão escolar, considerando crianças não matriculadas na escola entre 5 a 9 anos.

De acordo com essa pesquisa, em 2019, 0,21% dos alunos nessa faixa etária não frequentavam a escola no Piauí. Já no quarto trimestre de 2020, o Estado registrou o menor percentual de evasão, com 1,84%, entre as Unidades da Federação. O Rio Grande do Norte 19,7 57,1 63,4 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 Municipal Privada Estadual ocupou o segundo lugar do ranking com 3,25%. O Estado, também, foi destaque em relação ao tempo médio dedicado às atividades escolares.

Dentro deste cenário, as escolas e os profissionais tiveram que estabelecer estratégias e se adaptar às tecnologias digitais para manter o ensino na modalidade virtual, além de fazer adequações pedagógicas no sentindo de minimizar os prejuízos na vida do aluno.

Segundo a gerente de Estudos Sociais da superintendência Cepro, Juciara Linhares, a partir das informações do Censo Escolar de 2020, o estudo apresenta dados sobre as estratégias e ferramentas adotadas pelas escolas neste período; sobre o apoio tecnológico cedido aos alunos que não possuíam acesso à internet, nem equipamentos adequados; e também, as medidas adotadas para o retorno presencial das aulas e suas repercussões, tanto na vida dos profissionais quanto dos alunos.

"O estudo traz um panorama da realidade da educação no Piauí nesse contexto de pandemia, demonstrando também, a preocupação do Estado em adequar pedagogicamente todos os materiais para minimizar os efeitos na vida dos alunos", explicou a gerente.

A tecnologia ajudou também estudantes que se prepararam para o Enen na pandemia

Segundo o estudo, no segundo semestre de 2020, foi dado início a um movimento em direção ao retorno das aulas presenciais, com isso uma série de medidas sanitárias foram tomadas pelas escolas. Aponta que 85,9% das escolas aumentaram a frequência da limpeza rotineira dos ambientes e das superfícies; 85,2% reduziram a circulação e aglomerações nas áreas comuns das escolas; 84,4% indicaram que reduziram o número de pessoas no ambiente da escolar e instituíram o uso de máscaras; e, finalmente, 79,3% relataram adequação / ampliação da infraestrutura física das escolas.

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