Coluna - Obra transforma campeã paralímpica em Atena brasileira

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Por Portal O Piauí em 01/02/2022 às 10:18:24

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Uma publicação compartilhada por Lu Tonon (@lucianetonon)

As últimas linhas foram escritas na Paralimpíada de Tóquio (Japão). A presença nos Jogos, por si só, era uma volta por cima, após Beth ficar fora da edição do Rio de Janeiro em 2016. Na ocasião, a classificação funcional (processo que define a classe do atleta paralímpico, conforme o grau da deficiência) pela qual passou a deixou em uma categoria com atletas de menor comprometimento. Reclassificada no ciclo seguinte para, enfim, encarar competidores do mesmo nível, a santista não apenas foi medalhista de ouro como bateu, duas vezes, o próprio recorde mundial da classe F52 (cadeirantes sem controle de tronco e limitação nos membros superiores).

“A projeção de Tóquio começou no trabalho com minha técnica, Roseane Farias, a quem devo tanto na minha vida, por ter acreditado em mim. Era um sonho buscar essa medalha, tão longe, para que ela estivesse no meu livro. E a Lu esteve lá para contar”, disse Beth.

“Eu faço uma analogia com Ulisses [guerreiro da mitologia grega, retratado no poema Odisseia, de Homero] retornando para Ítaca [ilha da qual Ulisses era rei]. As dificuldades que ele passou, a Beth teve para ir à Tóquio. Misturei o que a Beth estava sentindo com o que eu pude ver. Foi uma emoção atrás da outra. Eu não sabia se chorava ou se sorria. Foi tudo muito como o planejado, no tempo certo”, descreveu Luciane.

Tóquio pode ter sido o ponto final do livro, mas não da carreira de Beth. A santista já iniciou os treinamentos de olho no bicampeonato paralímpico em Paris (França). Se depender delas, a obra sobre a campeã terá continuação.

“Com certeza, continuarei acompanhando. Quem sabe a gente não faz uma segunda edição, acrescentando Paris? A gente vai por isso como meta. É um legado. A biografia da pessoa viva, enquanto ela viver, tem história”, destacou a jornalista.

“Temos que continuar [risos]. Depois de Tóquio, iniciamos o treino de base e só demos uma paradinha no fim do ano. Temos agora que buscar vaga no próximo Mundial [em 2023, também em Paris], disputar os outros campeonatos nacionais, então creio que estamos no caminho certo”, concluiu a campeã do lançamento do disco.

Fonte: Agência Brasil

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