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Previ: Investimentos Ruim em 2024 resulta em prejuízo de R$14 bilhões

Investimentos em Vale e Neoenergia geram perdas significativas para o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. TCU investiga.

Por Portal O Piauí em 07/02/2025 às 11:59:23

O fundo de pensão Previ, destinado aos funcionários e aposentados do Banco do Brasil, sofreu um prejuízo de R$ 14 bilhões em 2024, segundo informações recentes. Este significativo rombo financeiro motivou uma investigação imediata por parte do Tribunal de Contas da União (TCU).

Análises internas indicam que R$ 6,2 bilhões desse prejuízo estão diretamente relacionados à queda acentuada nas ações da mineradora Vale, que despencaram 23%. A queda nos preços do minério de ferro e a intervenção governamental na sucessão presidencial da empresa são apontados como fatores contribuintes para essa desvalorização.

Além da Vale, a Neoenergia também contribuiu para o resultado negativo da Previ, com um prejuízo de R$ 400 milhões no plano 1. Apesar dessas perdas significativas, investimentos em empresas como BRF e Petrobras ajudaram a mitigar o impacto total, contribuindo com R$ 1 bilhão e R$ 800 milhões, respectivamente.

Apesar desses ganhos parciais, o plano Previ fechou o ano de 2024 com um saldo negativo de R$ 5,5 bilhões. Essa situação gerou grande preocupação e colocou o fundo sob intenso escrutínio.

O TCU, diante da gravidade da situação, determinou uma auditoria urgente na quarta-feira, dia 5 de fevereiro de 2025, para investigar suspeitas de má gestão dos fundos. A auditoria concentra-se na administração do fundo sob a liderança de João Fukunaga, cuja nomeação no governo Lula é associada a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

"O desempenho de 2024 foi pífio."

Walton Alencar Rodrigues, Ministro do TCU.

O Ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, descreveu o desempenho do fundo em 2024 como "pífio", lembrando que o fundo possuía um superávit de R$ 14,5 bilhões em novembro de 2023 e encerrou o ano com apenas R$ 529 milhões. Ele alertou para os possíveis impactos negativos que esses prejuízos podem causar ao Banco do Brasil, patrocinador do fundo, comparando a situação com problemas já enfrentados pela Petros.

O prejuízo bilionário da Previ em 2024 levanta sérias questões sobre a gestão de fundos de pensão e os riscos associados aos investimentos em um cenário econômico instável e sujeito a intervenções governamentais. A investigação do TCU e os resultados da auditoria serão cruciais para esclarecer as responsabilidades e determinar medidas para evitar situações semelhantes no futuro.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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