Energia solar fotovoltaica deverá gerar mais de 300 mil novos empregos e investimentos na ordem de R$ 50 bilhões em 2023

O Banco do Brasil inaugurou quatro usinas de energia solar que compensarão o consumo de 365 agências e farão o banco deixar de emitir cerca de 3 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera por ano.

Por Portal O Piauí em 27/12/2022 às 07:54:03
Sistema de energia solar está entre os mais promissores do Piauí e do Brasil na geração de novos investimentos e empregos

Sistema de energia solar está entre os mais promissores do Piauí e do Brasil na geração de novos investimentos e empregos

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgou, neste mês, que a fonte de energia solar fotovoltaica deverá gerar mais de 300 mil novos empregos em 2023. De acordo com a Associação, os novos investimentos gerados pelo setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 50 bilhões no próximo ano, incluindo as usinas de grande porte e os pequenos sistemas em telhados, fachadas e terrenos.

De acordo com o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, a fonte solar é uma verdadeira alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, com geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios sistêmicos para todos os cidadãos. "O Brasil tem tudo a ganhar com esta fonte e está avançando para se tornar uma grande liderança mundial no setor, cada vez mais estratégico no mundo", disse o executivo durante o encontro nacional da Absolar.

Segundo a Absolar, em 2023 serão adicionados mais de 10 gigawatts (GW) de potência instalada, chegando a um total acumulado de mais 34 GW, o equivalente a quase duas e meia usinas de Itaipu e que representam um crescimento de mais de 52% sobre a potência solar atual do País.

A miniusina de energia solas na Cidade de Altos, Piauí, foi concluída por meio de PPP na semana passada, está pronta para entrar em funcionamento. Vai abastecer prédios públicos do Governo do Piauí, gerando muita economia na conta de energia. Sobre as miniusinas no Piauí, o Portalopiaui.com vai trazer reportagem especial. Pela PPP, já foram concluídas também a que fica em Campo Maior e mais duas serão terminadas nesta semana, ficando outras quatro em andamento.


"As projeções foram feitas com base em um cenário conservador, considerando fatores macroeconômicos, como câmbio e inflação, as mudanças de governos federal e estaduais, os efeitos das políticas energéticas entre outros", destacou Sauaia.

Para o presidente da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o Brasil tem uma das energias mais caras do mundo e que não é de hoje. Até o final do próximo ano, as perspectivas são de que o setor terá gerado 1 milhão de empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor e em todas as regiões do País. Os investimentos acumulados devem chegar a R$ 170,9 bilhões, com mais de R$ 53,8 bilhões em arrecadação de tributos públicos.


Dos 34 GW totais, 21,6 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas instalados pelos consumidores nas residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, enquanto os 12,4 GW estarão em grandes usinas solares.

Já para a vice-presidente de geração distribuída da associação, Bárbara Rubim, a energia renovável é o passo para a transição e é a única solução para termos energia limpa e barata. "Investimentos privados vão trazer a redução de mais de 5% da conta de uso de todos os brasileiros até 2031 e isso significa ter uma matriz que promova de fato a democratização do acesso à energia elétrica. Contudo, mais importante do que isso é a mudança no modelo mental que a gente tem hoje", explicou.


De acordo com a executiva, a construção de um acordo visou trazer segurança jurídica estabilidade e previsibilidade e criou um Marco Legal publicado no dia 7 de janeiro desse ano. "A mudança no Marco Legal ela se fez necessária infelizmente porque a gente não viu do Governo sobretudo da agência reguladora do nosso setor, a Aneel, e dos agentes regulados e distribuidoras de energia o mesmo compromisso com esse acordo que foi colocado à mesa quando a gente assinou. E quando as regras mudam a gente precisa mudar também", destacou. Com o texto aprovado ontem na Câmara dos Deputados, agora prorrogou para seis meses os benefícios para a geração distribuída.

"Nada mais importante do que a gente encerrar o ano reforçando esse compromisso com a aprovação primeiro na Câmara dos Deputados e quiçá na semana que vem no Senado Federal de uma Lei que irá reforçar ainda mais o compromisso do país não só com o setor de energia, mas também com a segurança jurídica e com os acordos e são firmados", disse. Bárbara Rubim também afirmou que o Brasil levou para a COP 27, que aconteceu no Egito, todas as suas pautas sobre a transição energética e o potencial do país para fontes renováveis.

Uso de energia solar cresce no país, com 19 GW de potência instalada

A média de economia, quando se utiliza a energia solar em substituição à elétrica, chega a até 90%. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O setor, que vem crescendo muito no Brasil, já ocupa o 3º lugar em geração de energia, perdendo apenas para eólica e elétrica.

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O país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O restante corresponde às usinas de grande porte.

O número é considerado histórico pelo setor e, com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início do ano que vem.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que os crescentes reajustes nas contas de luz e a redução dos custos para instalação das placas fotovoltaicas explicam o crescimento desse tipo de energia no país.

A energia solar é considerada uma fonte limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, essa energia evitou a emissão de quase 28 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na geração de eletricidade.

O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio é de R$ 25 mil e para indústrias, de até R$ 200 mil. Sauaia afirmou ainda que esses valores devem cair. Como a redução nas contas mensais é alta, o investimento é recuperado em poucos anos.

Desde 2012, de acordo com dados da Absolar, a energia solar garantiu R$ 10 bilhões em novos investimentos no Brasil, além de 640 mil empregos. A arrecadação aos cofres públicos foi de quase R$ 40 bilhões.

Fonte: EBC

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