Em um cenário turbulento marcado pela guerra tarifária promovida pelo presidente Donald Trump, a Microsoft se destaca como a única entre as sete empresas de tecnologia mais valiosas dos EUA a apresentar crescimento desde o início de 2025.
A Microsoft (MSFT34) tem demonstrado resiliência, impulsionada por seu forte posicionamento em inteligência artificial e outras linhas de receita. Enquanto isso, outras gigantes como Alphabet (GOGL34), Meta (M1TA34), Nvidia (NVDC34), Apple (AAPL34), Amazon (AMZO34) e Tesla (TSLA34) enfrentaram reajustes em seus valores de mercado.
No início de maio, a Microsoft atingiu um valor de mercado de US$ 3,162 trilhões, superando os US$ 3,134 trilhões do início do ano, de acordo com a Economatica. A empresa se aproxima da Apple, cujo valor de mercado era de US$ 3,205 trilhões na mesma data.
A temporada de resultados reforçou a posição da Microsoft, com uma receita de US$ 70,1 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. A divisão de nuvem apresentou um crescimento de 21%, impulsionada pela parceria com a OpenAI e a aplicação de IA generativa.
A grande vantagem da Microsoft é que ela conseguiu aumentar receita em todos os seus principais segmentos. Isso não aconteceu com outras companhias. disse Maria Irene Jordão, analista global da XP.
O BTG Pactual destaca a Microsoft como a principal escolha entre as gigantes da tecnologia. Marcel Zambello, analista do BTG, aponta que a receita da Microsoft, proveniente do mercado corporativo (B2B), oferece maior previsibilidade e menor sensibilidade às tarifas.
A receita da Microsoft com os produtos Office 365 foi de US$ 21,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando 31% do total. Programas como Power BI, Word e PowerPoint, com contratos mais longos, contribuem para a estabilidade da empresa.
Einar Rivero, da Elos Ayta, calcula que as 7 Magníficas perderam US$ 2,27 trilhões em valor de mercado desde o anúncio das tarifas de importação de Trump. A Apple sofreu o maior impacto, com uma queda de 22,9% no valor de mercado até 8 de abril.
A Tesla, de Elon Musk, foi a mais penalizada, deixando de ser uma das sete com maior participação no S&P 500. O envolvimento de Musk na administração federal americana tem sido visto como prejudicial à marca.
*Reportagem produzida com auxílio de IA