O partido A Liberdade Avança, liderado pelo presidente Javier Milei, obteve o terceiro lugar nas eleições regionais de Santa Fé, com 14,11% dos votos. Este resultado representa uma queda significativa em comparação com o desempenho de Milei na província durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2023, quando alcançou 62,8% dos votos.
A votação em Santa Fé, um dos principais distritos do país, marcou o primeiro teste eleitoral do ano. A coalizão liderada pelo governador Maximiliano Pullaro, composta pela União Cívica Radical, Proposta Republicana (PRO) e socialistas, venceu com 34,6% dos votos. O peronista Juan Monteverde, do Partido Justicialista, ficou em segundo lugar com 15,2%.
Espera-se que Pullaro conquiste entre 32 e 33 das 50 cadeiras da convenção que reformará a Constituição provincial, aproximando-se da maioria necessária para aprovar as 43 emendas propostas. Estima-se que o partido de Milei obtenha cerca de nove assentos, ficando atrás dos 11 do peronismo.
"Para mim, este é um dia importante e memorável. Abrimos uma porta para o futuro. Discutimos um futuro sem corrupção, uma legislatura sem funcionários corruptos; acabaremos com a imunidade parlamentar. Não haverá mais reeleições indefinidas", disse Pullaro durante o discurso de vitória.
A eleição em Santa Fé ocorreu logo após o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciar apoio ao governo Milei com um novo empréstimo de US$ 20 bilhões para reforçar as reservas cambiais. Além disso, o presidente anunciou o fim do controle de câmbio no país.
Os primeiros efeitos do acordo com o FMI já se fazem sentir, com as ações argentinas em alta e o peso sofrendo uma desvalorização de pelo menos 17% nesta segunda-feira (14). O calendário eleitoral na Argentina continua em 11 de maio, com votações em outras províncias.
Este cenário ocorre em um momento em que Milei busca consolidar seu governo e implementar reformas econômicas, enfrentando desafios tanto no cenário interno quanto externo. A derrota em Santa Fé pode indicar a necessidade de reavaliação de estratégias e alianças políticas para garantir a governabilidade e o apoio popular.
Apesar do revés, Milei segue defendendo suas políticas e buscando apoio internacional, como demonstrado pelo recente acordo com o FMI. A situação econômica da Argentina continua sendo um ponto crucial, e as próximas eleições regionais serão um termômetro importante para medir a popularidade do governo e a aceitação de suas medidas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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