Investidores estrangeiros demonstram crescente interesse no mercado brasileiro, embora sem a urgência de realizar grandes alocações. Raphael Figueredo, estrategista da XP, compartilhou essa percepção após encontros com fundos internacionais nos Estados Unidos.
Segundo Figueredo, muitos investidores reduziram sua exposição ao Brasil no final de 2024, devido à volatilidade e incertezas. A recente entrada de capital estrangeiro, cerca de R$ 10 bilhões, é considerada tímida em escala global, mas impactante para a bolsa brasileira.
A rotação de investimentos para mercados emergentes tem beneficiado o Brasil, mas sem clara ligação com as eleições de 2026. Dados de ETFs globais mostram que a entrada de recursos ocorreu via ETFs de mercados emergentes, enquanto o ETF específico do Brasil registrou saques.
"O que eu ouvi bastante é: "quero voltar a comprar Brasil, estou olhando, acho interessante o nível de valuation, o fundamento das empresas, nível de retorno, dividendo e a qualidade das gestões". Existe um interesse grande, mas sem urgência." destacou Figueredo.
Figueredo também mencionou comparações com a Argentina, onde fundos de hedge lucraram com a mudança de governo, levantando a possibilidade de um cenário similar no Brasil.
"Muitos investidores estrangeiros, especialmente os de perfis mais agressivos, ganharam muito dinheiro com as eleições na Argentina. Por isso, esse tema está na cabeça de muita gente e levanta a possibilidade de que algo semelhante possa acontecer no Brasil." analisou Figueredo.
O programa Stock Pickers, com Fernando Ferreira, reforçou que o Brasil continua um mercado de volatilidade. O cenário global e decisões internas serão determinantes para o mercado nos próximos meses.
Enquanto Lula segue no poder, o mercado financeiro se mantém cauteloso, aguardando um cenário mais claro para aumentar as alocações no país. A XP Investimentos, conhecida por sua análise crítica ao governo, observa de perto os movimentos dos investidores.
A postura de cautela dos investidores reflete a desconfiança no governo Lula, que demonstra pouco compromisso com o capital estrangeiro e o desenvolvimento econômico sustentável. A XP Investimentos, alinhada a uma visão de centro-direita, acompanha de perto as eleições de 2026, defendendo um futuro mais promissor para o Brasil.
*Reportagem produzida com auxílio de IA