Piauí tem a menor taxa de pobreza já registrada em 10 anos, revelam dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira

Com a redução da pobreza no período de 2012 a 2023, o Piauí saltou de 9º para 5º na classificação perante os demais estados da federação entre os maiores indicadores

Por Portal O Piauí em 05/12/2024 às 09:29:16
A criação dos restaurantes populares é uma preocupação em manter a qualidade nutricional das refeições servidas diariamente. Isso é promover cidadania e combater a fome de forma efetiva, segundo o governador Rafael Fonteles

A criação dos restaurantes populares é uma preocupação em manter a qualidade nutricional das refeições servidas diariamente. Isso é promover cidadania e combater a fome de forma efetiva, segundo o governador Rafael Fonteles

O Piauí teve a menor taxa de pobreza na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo órgão nesta quarta-feira (04). Com a redução da pobreza no período de 2012 a 2023, o Piauí saltou de 9º para 5º na classificação perante os demais estados da federação entre os maiores indicadores.

O índice foi de 45,3% da população, o que representa uma redução de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando foi registrado 48,2%. Em 2012, quando começou a série histórica, 55,4% da população piauiense estava em situação de pobreza. Entre 2012 e 2023, a pobreza foi de 10,1 pontos percentuais. Em termos de quantidade da população em situação de pobreza, em 2023 havia cerca de 1,49 milhão de pessoas, enquanto em 2012 era 1,77 milhão. A redução foi de cerca de 280 mil pessoas em situação de pobreza no período.


O governador Rafael Fonteles ressalta o trabalho que vem sendo desenvolvido no estado para alcançar esse resultado.

"Temos desenvolvido uma política de combate à pobreza em várias frentes. Uma delas é a expansão do microcrédito para pequenos empreendedores e produtores rurais através da Badespi. Além disso, é um foco importante de combate à fome de forma intensa. A exemplo temos buscado levar mais unidades do Restaurante Popular a vários bairros de Teresina. Inauguramos, na última segunda-feira (02), a unidade no Grande Dirceu, que vai atender a população com 3 mil refeições por dia. Essas unidades garantem café da manhã, almoço e jantar a uma parcela da população mais vulnerabilizada, a trabalhadores e comerciários a um custo baixo. É uma preocupação manter a qualidade nutricional das refeições servidas diariamente. Isso é promover cidadania e combater a fome de forma efetiva", explica.

Em nível nacional, o IBGE revelou também que o país nunca teve um resultado tão expressivo. Em 2023, a situação de pobreza atingia 27,4% da população, indicador inferior ao observado em 2022, quando havia sido de 31,6%, registrando queda de 4,2 pontos percentuais.

O trabalho de combate à fome no Brasil está sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Pobreza, comandado pelo ministro Wellington Dias.

"Fruto de muito trabalho, o Brasil alcançou o mais baixo indicador de pobreza e extrema pobreza da história. Quando olhamos a comparação de 2003 para 2023, a queda chegou a 4,4%. É o mais baixo de toda a série histórica. Isso é a integração entre o social e o econômico. O presidente Lula sabe a importância do crescimento econômico, mas ele quer que também possamos abrir oportunidade para quem mais precisa. A qualificação profissional, o apoio para que as pessoas tenham emprego e, pelo empreendedorismo, possamos garantir mais redução. É esse caminho que coloca o Brasil no rumo certo", disse o ministro.


  • Destaques da pesquisa no Brasil

  • De 2022 a 2023, o percentual da população do país abaixo da linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial (US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês) caiu de 31,6% para 27,4%. Foi a menor proporção desde 2012.
  • Em um ano, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país. Numericamente, essa população recuou de 67,7 milhões para 59,0 milhões, seu menor contingente desde 2012.
  • No mesmo período, a proporção da população na extrema pobreza (US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 209 por mês) recuou de 5,9% para 4,4%, o menor percentual desde 2012. Pela primeira vez, esse indicador ficou abaixo dos 5,0%.
  • De 2022 a 2023, cerca de 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, no país. A população na extrema pobreza recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, menor contingente desde 2012.
  • Em 2023, cerca de 51% das pessoas em áreas rurais viviam em domicílios beneficiados por programas sociais. Em áreas urbanas, essa proporção era de 24,5%.
  • Entre as pessoas com 0 a 14 anos, 42,7% (ou duas em cada cinco) viviam em domicílios com benefícios de programas sociais.
  • Em 2023, o total de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam e não estavam ocupados atingiu o menor número (10,3 milhões) e a menor proporção (21,2%) desde o início da série, em 2012.
  • Entre 10,3 milhões de jovens de 15 a 29 que não estudavam nem estavam ocupados, as mulheres pretas ou pardas eram 4,6 milhões (ou 45,2% desse total, enquanto as mulheres brancas eram 1,9 milhão (ou 18,9%). Já os homens pretos ou pardos eram 2,4 milhões (23,4%) e os homens brancos, 1,2 milhão (11,3%).
  • O rendimento-hora dos trabalhadores de cor ou raça branca (R$ 23,02) era 67,7% maior que o dos trabalhadores de cor ou raça preta ou parda (R$13,73).
  • Em 2023, o rendimento médio por hora trabalhada dos homens (R$18,81) superou o das mulheres (R$16,70) em 12,6%. A maior desigualdade estava entre pessoas com nível superior completo, com o rendimento médio dos homens (R$42,60) superando o das mulheres (R$30,03) em 41,9%.

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